9.5.06

História da Ordem Carmelita



I- a Herança Eliana :

Como sabemos a Ordem Carmelitana teve sua origem no Monte Carmelo, na Palestina. E seu espírito está caracterizado por dois elementos: sua origem Eliana, ou de Santo Elias e Mariana ou de Maria. são os germens que abrem, continuam e fecharão a história, a tradição e a espiritualidade do Carmelo.

Habitando junto à fonte de Elias, em torno de uma ermida dedicada à Virgem, com o tempo, os eremitas foram sendo conhecidos como IRMÃOS DE NOSSA SENHORA DO MONTE CARMELO e, ao longo das três primeiras décadas do século XII, puderam amadurecer sua espiritualidade e estilo de vida próprios.


O Carmelo experimentou e confirmou, com santa Teresa e são João da Cruz, esta inspiração Mariana das origens. Modelo de oração e abnegação, Maria Santíssima é aquela que se consagrou a acolher e a contemplar com a inteligência e o coração, as coisas do alto, deixando-se guiar pelo Espírito Santo. O seu exemplo de virtudes e vida de perfeição, nos estimula a seguir os seus passosa fim de que, com o coração de “pobres do Senhor”,configuremos nossa vida à dela.

II- O Desenvolvimento Espiritual da Ordem Carmelitana

O Monte Carmelo foi com o correr dos tempos, o cenário de interessantes dramas humanos. Ali viveu Elias, o profeta, saboreando a presença divina “Vive Deus, em cuja presença estou” e, ao levantar-se como uma chama de zelo, marcou a história de Israel. Seu zelo ardoroso foi recompensado ali mesmo com a visão misteriosa da nuvem. “Eu me consumo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos!” Em sua mente se iluminou então, a idéia de uma sucessão espiritual consagrada ao serviço de Deus e realizou a sua obra, deixando após si uma escola e profetas, sendo Eliseu o primeiro deles.

Pela montanha bíblica passaram também muitas raças e civilizações orientais e ocidentais. Os Cruzados lhe deram nova vida; foi a chegada de homens fervorosos para a vida eremítica, entre fins do século XII e princípios do século XIII. Congregados por Aimérico de Malafaida, organizaram-se os eremitas sob a direção de São Bertoldo.

Era uma época de ressurgimento da vida eremítica, e os lugares santos, como desertos e montes bíblicos, apresentavam-se como ideais àqueles que procuravam encontrar Deus através da solidão e do silêncio.

Sob a direção de S. Brocardo, o nosso carmelitas buscaram uma organização jurídica mais sólida, demandando ao Patriarca de Jerusalém, Alberto de Vercelli, que lhes estabelecesse uma regra, tal como as demais ordens religiosas, a qual foi redigida entre 1206 – 1214.


III. - PRINCIPAIS CONTEÚDOS DA REGRA DO CARMELO

A nova fórmula de vida delineada pelo Patriarca de Jerusalém, ressoa o eco da vida dos antigos monges da Palestina e tem como pontos essenciais :Viver em obséquio de Jesus Cristo, servindo-O fielmente com coração puro e reta consciência, pondo somente nele a esperança da salvação, e prestando-lhe obediência na pessoa do Prior (Superior), com espírito de fé.

IV- QUADRO SINÓTICO DA REGRA DO CARMELO

A - REGRA ALBERTINA- dada por santo Alberto aos ermitãos do Monte Carmelo (entre 1206 – 1214). Adaptada à vida exclusivamente eremítica– celas separadas, comiam sozinhos nas celas. Ofício Divino rezado individualmente.


B - REGRA INOCENCIANA- a mesma Regra, aprovada pelo Papa Inocêncio IV em 1247 e adaptada às novas condições de vida, pois os ermitãos haviam se transladado para a Europa.
Mitigações introduzidas: Permitido residirem nas cidades e fazerem fundações fora dos desertos; Refeições num refeitório comum; Ofício Divino rezado comunitariamente; Suaviza-se a abstinência da carne; Diminui-se o tempo do silêncio. As mitigações foram dadas através da Bula Pontifícia: "QUAE HONOREM", em 1º de outubro de 1247. Esta será a Regra que adotará santa Teresa de Jesus ao fundar o Mosteiro de São José de Ávila em 24 de agosto de 1562.

C - REGRA EUGENIANA- Através da Bula ROMANI PONTIFICES, dada em 15 de fevereiro de 1432, o Papa Eugênio IV amenizou 3 pontos da Regra: o jejum;— a abstinência perpétua de carne — e o encerramento na cela.


IV - MONJAS E ORDEM SECULAR

IV. 1 - INSTITUIÇÃO DAS MONJAS:


João Soreth – Padre Geral da Ordem, em meados do ano 1452, introduziu a instituição da ordem 2ª, ou ramo feminino do Carmelo, uma das realizações mais importantes do seu governo, que teria um desenvolvimento muito fecundo e permanente.

É certo que desde o século XIII, muitas mulheres piedosas se recolhiam em casas particulares, buscando viver, no afastamento do mundo, a prática da perfeição cristã através da oração e da penitência, adotavam como norma de vida a Regra do Carmelo. Não eram , porém, reconhecidas oficialmente como monjas. Atendendo, o pedido de afiliação por parte de diversas comunidades femininas, que desejavam professar canonicamente a Regra Carmelita, demandou uma autorização oficial ao Papa Nicolau V, o qual acedeu no dia 5 de outubro de 1452, dando às monjas o direito de compartilhar da vida do Carmelo “em toda a sua realidade”. E os Mosteiros foram se espalhando por toda a Europa.

O escapulário: nosso penhor de salvação !

Nossa Senhora do Carmo entrega o escapulário a São Simão Stock
16 de Julho de 1251


Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo. Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209 uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém – Alberto. Pelas cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa. Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.

Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, havia vinte anos, habitava na solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada.

A Ordem começou a sofrer muita oposição, e Simão Stock fez uma viagem para Roma. Honório III, avisado em misteriosa visão que teve de Nossa Senhora, não só recebeu com toda deferência os religiosos carmelitas, mas aprovou novamente a regra da Ordem. Simão Stock visitou depois os Irmãos da ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.

Um capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40 conventos.
No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação do Papa Inocêncio IV.

A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico. Para isto concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão Stock.

Homem de grandes virtudes, privilegiado por Deus com os dons da profecia e dos milagres, empregou Simão Stock toda energia para propagar, na Ordem e no mundo inteiro, o culto mariano. Sendo devotíssimo a Maria Santíssima, desejava obter da Rainha celestial um penhor visível de sua benevolência e maternal proteção. Foi aos 16 de julho de 1251 que, estando em oração fervorosa, a renovar o pedido, Nossa Senhora se dignou aparecer-lhe. Rodeada de espíritos celestes, veio trazer-lhe um escapulário. “Meu dileto filho – disse-lhe a Rainha do céu – eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno".

Estando-lhe assim satisfeita a maior aspiração, Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. Extraordinária foi a afluência a tão útil instituição. Entre os devotos do escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. Numerosos tem sido os príncipes que pediram ser inscritos na irmandade, como Eduardo III da Inglaterra, os imperadores da Alemanha, Fernando I e II e reis da Espanha, de Portugal e da França, além de muitas rainhas e princesas de diversas nações. O Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico. Neste sentido, só é comparável ao Rosário. Como este, também teve adversários; como o Rosário, também o escapulário tem sido agredido com todas as armas da impiedade, da malícia, do escárnio e do ódio. Mas também, como o Rosário tem experimentado o efeito poderosíssimo da proteção da Mãe de Deus; só assim é explicável o fato de ter o escapulário passado incólume através de 750 anos e, hoje em dia, mais do que nunca, gozar da predileção do povo cristão.

Se bem que a visão que São Simão Stock afirma ter tido de Nossa Senhora, não possuía o valor da autoridade de artigo de fé, tão averiguada se apresenta, que desfaz qualquer dúvida que a respeito possa subsistir.

É Relatada com todas as minúcias pelo confessor do Santo, padre Swainton. Aprovada por muitos Papas, a irmandade do escapulário foi grandemente elogiada por Benedito XIV; mais de cem escritores dos séculos 13, 14 e 15, dos quais alguns não pertenciam à Ordem Carmelitana, se referem à visão de Simão Stock como a um fato que não admite dúvida. As universidades mais célebres, as de Paris e Salamanca, declaram-se igualmente a favor.
Dois decretos da Cúria Pontifícia, exarados pelos cardeais Belarmino e de Torres, declararam autêntica e verídica a biografia de São Simão Stock, que contém a narração da maravilhosa visão.

PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS PELA VIRGEM MÃE A QUEM USAR O ESCAPULÁRIO

Dois são os privilégios da Confraria do Escapulário, privilégios deveras extraordinários, que mereceram à instituição tão grande simpatia por parte do povo cristão. O primeiro desses privilégios Maria Santíssima frisou-o bem, quando, no ato da entrega do escapulário disse ao seu servo São Simão Stock: “É este o sinal do privilégio, que alcancei para ti e para todos os filhos do Carmelo. Todos aqueles que estiverem revestidos com este hábito, ver-se-ão salvos do fogo do inferno”.

O sentido desse privilégio é este: Maria Santíssima prometem a todos os que usam o hábito do Carmo, sua proteção especial, principalmente na hora da morte, que decide a história da humanidade. O pecador, portanto, por mais miserável que seja, pondo a confiança em Maria Santíssima e vestindo seu hábito, tendo aliás a intenção firme de sair do estado do pecado, pode seguramente contar com o auxílio de Nossa Senhora, a qual lhe alcançará a graça da conversão e da perseverança.
O escapulário não é um amuleto que assegure, sob qualquer hipótese, a salvação de quem o usar. Contam-se milhares as conversões de pecadores na hora da morte, atribuídas unicamente ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo; muitos também são os casos que mostram à evidência, que privilégio nenhum favorece a quem, de maneira nenhuma, se quer separar do pecado e levar uma vida digna e cristã. Santo Agostinho diz a verdade, quando ensina: “Deus, que nos criou sem nossa cooperação, não nos pode salvar sem que o queiramos e desejemos”. Quem não quer deixar de ofender a Deus, morrerá na impenitência; e se Maria Santíssima não ver a possibilidade alguma de arrancar a alma do pecador aos vícios e paixões, fará com que na hora da morte, por uma casualidade qualquer, não se encontre o hábito salvador, o que se tem dado muitas vezes.

O Segundo provilégio é o tal chamado “privilégio sabatino”. Um decreto da Santa Inquisição romana, datado de 20 de janeiro de 1613, dá aos sacerdotes da Ordem Carmelitana autorização para pregar a seguinte doutrina: “O povo cristão pode crer no auxílio que experimentarão as almas dos Irmãos e membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, auxílio este, segundo o qual todos aqueles que morrerem na graça do Senhor, tendo em vida usado o escapulário, conservado a castidade própria do estado, recitado o Ofício Parvo de Nossa Senhora, ou se não souberem ler, tiverem observado fielmente o jejum eclesiástico, bem como a abstinência nas quartas-feiras e sábados (exceto se a festa de Natal cair num destes dias), serão socorridos por uma proteção extraordinária da Santíssima virgem, no primeiro sábado que se lhe seguir ao trânsito, por ser sábado o dia da semana consagrado a Nossa Senhora (Bula sabatina de João XXII. 3, III 1322)

Desse privilégio faz menção o ofício divino da Festa de Nossa Senhora do Carmo, aprovado pelo Papa clemente X e Benedito XIII.

“A bem-aventurada Virgem – diz o ofício – não se limitou a cumular de privilégios aqui na terra e na Ordem Carmelitana. Com carinho verdadeiramente maternal, ela, cujo poder e misericórdia em toda parte são muito grandes, consola também, como piedosamente se crê, aqueles filhos no Purgatório, alcançando-lhes o mais breve possível a feliz entrada na Pátria Celestial”.
Para se tornar membro da Confraria, é necessário que se cumpra as seguintes condições:

1. Inscrição no registro da Irmandade.
2. Ter recebido o escapulário das mãos de um sacerdote habilitado para fazer a recepção e usá-lo com devoção. No caso da mudança de um escapulário velho e gasto por um novo não carece a bênção. Quem, por descuido, deixou de usar por algum tempo o escapulário, participa dos privilégios da Irmandade, logo que se resolver a pô-lo novamente.

3. Convém rezar diariamente algumas orações marianas, como sejam: A ladainha lauretana ou seis Pai-Nossos e Ave-Marias ou sejam, ainda, o Símbolo dos Apóstolos (Credo), seguida da recitação de um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e Glória. As bulas prontifícias nada prescrevem a este respeito desde o princípio, porém, se tem observado a praxe de fazer essas devoções diárias.

4. O privilégio sabatino exige ainda que se conserve a castidade própria do estado de cada um, e que se rezem as horas marianas. Quem não puder cumprir esta segunda condição, observe a abstinência de carnes nas quartas-feiras e sábados. As duas obrigações de recitar o ofício mariano e a abstinência de carne nas quartas-feiras e sábados podem, se para isso subsistirem razões suficientes, ser comutadas em outras equivalentes.

5. Aos sábados, o papa Pio X concedeu o seguinte privilégio: Para se tornarem membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, é suficiente que usem um escapulário bento por um sacerdote que possua a faculdade respectiva. Não se exige para eles a cerimônia da recepção e da inscrição no registro da irmandade. Como os demais membros, também devem rezar diariamente algumas orações em honra de Maria Santíssima. (4-1-1908).

A história da Ordem do Carmo é uma epopéia de feitos maravilhosos, na ordem sobrenatural. O escapulário tem sido a salvação de milhares e milhares de cristãos nas suas necessidades espirituais e materiais. Para que nas mãos de Nossa Senhora possa ser efetivamente instrumento de salvação, indispensável é o renascimento espiritual de quem o leva, o cumprimento fiel dos deveres do estado de quem se diz devoto a Nossa Senhora do Carmo. Certamente, não é devoto a Maria Santíssima quem vive em pecado e ofende a Deus sem cessar.


ORAÇÃO À NOSSA SENHORA DO CARMO

Bendita e imaculada Virgem Maria, beleza e glória do Carmelo! Vós que tratais com bondade especial aos que traz o vosso amantíssimo hábito, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção. Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; para vos louvar e vos bendizer eternamente no paraíso, assim seja.

Destacam-se entre os papas devotos do escapulário: Inocêncio IV, João XXII, Alexandre V, Bento XIV, Pio VI, Clemente VII, Urbano VII, Nicolau V, Sixto IV, Paulo III, São Pio V, Leão XI, Alexandre VII, Pio IX, Leão XII, São Pio X, Bento XV, Pio XI, João XXIII, Paulo VI, João Paulo II, que com bulas apostólicas, aprovaram os seus privilégios, e cumularam de favores as confrarias do Carmo.É vontade de Nossa Senhora Rainha do Carmelo que ponhamos o selo do seu escapulário sobre nosso peito para demonstrar que o nosso coração lhe pertence para guardar os tesouros que no coração se encerra.

Como é bom estarmos debaixo da proteção de uma mãe tão boa! Que força ousaria arrancar-nos de seu regaço?Privilégios do Escapulário de Nossa Senhora do CarmoQuem morrer com o santo escapulário não padecera no fogo do inferno. A Virgem Maria os livrará do purgatório o quanto antes, ou seja, no primeiro sábado após a morte.-

O escapulário é proteção em todos os perigos.- O escapulário é sinal de paz e do pacto sempre eterno de concórdia, garantido por Maria.- O escapulário é sinal de salvação.- É um meio simples e pratico de honrar a SantíssimaVirgem Maria.- O escapulário do Carmo é garantia da preservação da fé, e da firmeza na devoção à Virgem Maria, devoção que, por sua vez, é sinal de predestinação.“Maria é tesouro de Deus. Onde esta Maria ai esta o coração de Deus”. (São Bernardo)

Jesus é o grande dom e sinal do amor ao Pai Eterno. Ele estabeleceu a Igreja como sinal e instrumento do seu amor. Na vida cristã também existem sinais. Jesus os utilizou: o pão, o vinho, a água, para nos fazer compreender as realidades que não vemos e não tocamos.

Na Santíssima Eucaristia e demais sacramentos (batismo, crisma, confissão, matrimonio, ordem, extrema unção), os símbolos (água, óleo, imposição das mãos, alianças) exprimem o seu significado e introduzem-nos numa comunicação com Deus, presente através deles. Além dos sinais litúrgicos, existem na Igreja outros ligados a um acontecimento, a uma tradição, a uma pessoa. Um desses é o escapulário do Carmo.

O escapulário é sacramental: Aprovação pela Igreja há sete séculos;- Representa a nossa filiação à Santa Vírgem Maria - O escapulário não é um sinal de proteção mágica, ou amuleto;- Também não é uma garantia automática de salvação, sem viver as exigências de uma vida cristã.

O escapulário é imposto somente uma vez por um sacerdote, através de um rito próprio. E benze e o impõe, dizendo: “Recebe este santo escapulário com sinal da santíssima Virgem Maria, Rainha do Carmelo, para que com seus méritos, o uses sempre com dignidade, seja tua defesa em todas as adversidades e te conduza a vida eterna”.

O escapulário do Carmo compõe-se de duas peças de pano de lã, de cor marrom, unidas entre si por dois cordões.Não façamos do santo escapulário, objeto de decoração ou adereço de moda, ele é sinal de predestinação.

O escapuilário é sinal de esperança: “Oh, quantas coisas boas não nos diz esta titulo: Nossa Senhora do Carmo! Quantos pensamentos bons nos sugere! Na dor, na amargura, na angustia, na agonia a Virgem do Carmo é a nossa esperança. Nas privações, nos trabalhos, nos trabalhos, na pobreza, nas doenças, a virgem do Carmo é a nossa esperança. Nos desprezos, nas humilhações, nas calunias, nas perseguições, ela é nossa esperança.

Nas duvidas, nos temores, nas tentações, nos perigos do corpo e da alma, enfim, em todas as necessidades, a Virgem do Carmo é a nossa esperança. Maria é também nossa esperança nas necessidades alheias, aquelas que principalmente padecem pessoas queridas, parentes ou amigos.

Mas, sobretudo ela é nossa esperança nos bens celestiais; nos pedimos à Deus pela intersessão da Virgem do Carmo, o perdão de nossos pecados, a graça de nunca mais pecar, um firme e constante propósito de fazer o bem; confiando que seremos atendidos, porque ela, a Virgem do Carmo é a nossa esperança”. (Santo Afonso)Confiemos nossas vidas nas mãos de Nossa Senhora, e assim, teremos a certeza que ela não nos abandonara, embora sejamos pecadores e indignos.



Nossa Senhora do Carmo, libertai as benditas almas do purgatório. Amém!
(3 Ave-Marias e Glória ao Pai)
* * * * * * * * *

Flôr do Carmelo, Vide Florigera, Esplendor de Céu, Virgem Mãe admirável

Vídeo - O Monte Carmelo ...onde tudo começou

Vídeo : História da Ordem do Carmo e sua Espiritualidade

Vídeo : Santo Elias - Pai Espiritual do Carmelo